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Noticias VOLTAR PRA ACARI, VIVER COMO GANSO!
25 Mayo 2018
Compatir

O açodamento do Ministro Julgman constantemente na mídia pra dar por encerrado o Caso Marielle&Anderson deixa claro que o governo federal pretende livrar-se desse incomodo antes das eleições de Outubro.

O Comando militar da intervenção federal também tem se esmerado nisso.

Porém não se vê nenhum empenho do Ministério Nacional de Segurança Publica nem do Comando da Intervenção Militar em investigar as denuncias feitas por Marielle três dias antes de ser executada, sobre a execução de dois jovens na Favela de Acari, por parte, de PMS do 41 bpm.

Muito menos se interessaram pelas denuncias de ameaças a defensores de direitos humanos de Acari e muito menos por sua proteção.

Na Sexta-Feira, 11 de Maio, durante a noite madrugada, um veiculo blindado do 41 bpm esteve na no Conj. Habitacional Amarelinho de Irajá, impedindo um baile funk de se realizar e os PMS aterrorizando moradores e fazendo ameaças explicitas de que vão quebrar os defensores de direitos humanos que teriam encaminhado as denuncias replicadas por Marielle e depois acusado os PMS do mesmo batalhão de a terem executado.

Denuncias foram feitas a mídia, a autoridades. O comando da PM desmentiu os defensores de direitos humanos e os moradores que informaram a operação. A mídia e as autoridades de deram por satisfeitas com a resposta do comando da PM. E mais uma vez defensores de direitos humanos e moradores passaram por mentirosos e caluniadores. E tudo fica mais uma vez por isso mesmo.

Previamente inocentados pelo provável envolvimento de milicianos na execução de marielle os policiais do 41 se sentem agora encorajados a concretizar em atos ameaças vituais e físicas feitas aos defensores de Acari.

Parte 2 E alcunhar o 41 de Batalhão da Morte. Só que na verdade esse epíteto nunca partiu dos defensores de Acari, mas sim da mídia que há pelo menos três anos vem publicando matérias sobre o 41. Principalmente o jornal Extra.

Logo após a execução da marielle foi amplamente noticiado,varias vezes de forma tendenciosa pela mídia, a saída dos defensores de direitos humanos da favela, pra se protegerem de possíveis replesálias por parte dos PMS do 41.

Dizia a mídia que tivemos que fugir de Acari. Como tal fake vinha junto com outro fake de que Marieele teria sido mulher de um chefe traficante não foi difícil os leitores deduzir do possível envolvimento dos defensores com o trafico. Partindo do jrgão de que defensor de direitos humanos é defensor de bandido.

Mídia, organizações de direitos humanos institucionais andaram a caça dos defensores de direitos humanos de Acari a cata de furos de reportagem, mas depois, agora passados, dois meses da execução de marielle, aparentemente satisfeitos com a proximidade da conclusão do caso, tal como o governo federal e comando militar da intervenção, não tem mais nenhum interesse sobre os defensores de direitos humanos de Acari, se estão bem se estão mal, se estão vivos, se estão mortos!

Acontece que como denunciou Marielle, as violações de direitos humanos cometidas pelo PMS do 41 em Acari não se resumem a execução dos dois jovens, mas há dezenas de outros casos,que podem ser pesquisados em matérias jornalísticas recentes e mais espeficicamente, no relatório da Anistia Internacional “Você matou meu filho.” Que alias registra não só as violações cometidas pelo 41, mas também por PMS do BOPE e do BpChoque.

Onde estão os defensores de direitos humanos de Acari afinal? Estão bem, estão mal? Estão mortos? Ah! Ainda estão vivos? Como vivem hoje?

A resposta vem na segunda pessoa do plural: Ainda estamos vivos,estamos mal, vivemos mal!

Silenciosos mas não mudos, parados mas não imobilizados.

Nós só não vivemos pior, nem estamos mortos, graças ao apoio financeiro e o apoio institucional não governamental de organizações de direitos humanos como a Frontline Defenders, a Anistia Internacional e a ONG JUSTIÇA GLOBAL. E o apoio e a solidariedade pessoal militante de compas de luta.

Logo no inicio houve o apoio protocolar e formal de comissões de direitos humanos parlamentares e do MP mas depois...

Diante da percepção de fundamentalmente os defensosres de direitos humanos favelados precisam de estabilidade financeira pra sobreviver fora da favela e sem possibilidade de trabalhar remuneradamente, a resposta foi de que comissões de direitos humanos parlamentares de não tem dotação orçamentária pra garantir a segurança de defensores de direitos humanos.

Quando se referem a nossa saída de Acari falam dela como se fosse um auto exílio, uma escolha espontânea. Mas nem mesmo somos exilados. Exilados seriamos de tivéssemos saído pra o exterior, mas nem sequer conseguimos sair da cidade.

Infelizmente não tivemos a pretensa sorte da acessora de Marielle, de ter nascido branca de classe média, ter feito boa faculdade e ser apadrinhada pra pra viver no exterior, muito provavelmente por muito tempo.

Os defensores somos gente pobre preta e favela e sem padrinhos.

Faltando sete meses pra terminar a Intervenção Militar no Rio, fica evidente que ao termino da mesma, seu comando não dará nenhum passo no sentido de apurar as violações de direitos humanos cometidas por agentes de segurança publica civil ou militar, antes ou durante a Intervenção. Inclusive as cometidas por PMS do 41 bpm.

Tão logo seja solucionado o caso Marielle, sejam quem for mandante e executor, tudo voltará a ser como ‘antes no quartel de Abrantes” ou de Braga Neto.

Por outro lado, como as organizações de direitos humanos não governamentais, nacional e internacional que vem garantindo o protocolo de proteção aos defensores de direitos humanos de Acari e de outras favelas, podem manter tal apoio de forma política e jurídica, mas não financeiramente, nem é essa a atribuição delas, restará aos defensores de direitos humanos voltarem a favela, já que até agora, pelo menos não conseguiram condições de se manterem economicamente, de forma duradoura, e mesmo definitiva, e viverem cada dia como mais um dia, como gansos, são chamados os bandidos marcados pra morrer por parte de agentes de segurança pública, civis e militares, do Estado.

Parte 4-Já que se fala a boca pequena no Complexo de Acari, há no 41 bpm uma lista de 16 gansos a serem caçados, dentre eles dois defensores de direitos humanos da favela.

O que fazer então a não ser voltar pra favela, e viver como ganso, como bandido? Dormir a meio sono,com um ouvido no sonho outro no pesadelo? Ligado no primeiro fogos que troar, se esconder, sair da favela a tempo, depois de longe ligar pra alguém pra saber, se a policia já foi embora, voltar de esgueirando pelos cantos com medo de tróia?

Tróia tanto que pode vir de  uma casa de um morador coagido ou de dentro de um veiculo blindado! De onde é quase impossível saber qual dos 14 atiraram e matam com um fuzil apreendido noutra favela e vendido a milícia onde fazem bico.

Estar fora de Acari não afeta muito nossa militância, mesmo longe moradores que confiam em nós nos mantem informados sobre violência na favela e nós replicamos, orientamos confortamos.

Queremos estar na nossa favela, não fugimos de lá, saímos muito mais pela segurança de nossas famílias que estão lá do pela nossa própria.

Somos de Acari, e lá havemos de voltar. Melhor viver em Acari como ganso, do que fora como covardes como insinuou a mídia coorporativa.

Talvez nunca mais voltemos fisicamente de forma defintiva voltando apenas as vezes pra visitar parentes, famílias que deixamos lá.

Angra dos Reis

18/05/2018

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